Autismo
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
O TEA designa um conjunto de sintomas descritos como prejuízos na qualidade de interação social, bem como comportamentos repetitivos e restrição de interesses. Pode-se observar uma grande variação quanto à gravidade de sintomas comportamentais, sendo assim um problema de saúde pública. Esse transtorno apresenta uma reunião de anomalias comportamentais do neurodesenvolvimento: Comprometimento da linguagem, social e limitação de interesses (comportamento repetitivo).
IDENTIFICANDO O TEA
De forma abrangente, esse transtorno prejudica a capacidade das crianças portadoras de se relacionarem com outras pessoas. Por apresentarem dificuldade na compreensão e utilização de sinais sociais que não sejam verbais (expressões faciais, gestos, linguagem corporal e contato visual), quem sofre com TEA tende a sentir-se melhor interagindo com objetos. Essa característica ocasiona certa dificuldade no entendimento de sentimentos, tanto de outras pessoas, quanto os próprios. Além disso, também pode-se notar ações repetitivas, desde
repetição de ruídos e palavras, até movimentações. Indivíduos com TEA tem forte conexão com sua rotina e baixa tolerância aos estímulos sensoriais (sons altos, luzes fortes, texturas e sabores acentuados).
INFLUÊNCIA GENÉTICA NO TEA
Diferente do que se pensava há dez anos atrás, o autismo não é estritamente causado por carga genética (apesar de haver maior prevalência) e pode sim ter influência de outros fatores como eixo microbiota-intestino-cérebro e fatores ambientais.
As questões genéticas e os genes envolvidos no desenvolvimento da TEA ainda precisam ser mais aprofundados, pois estudos indicam que pessoas com alterações relacionadas ao transtorno, de forma geral, herdaram uma maior vulnerabilidade à doença e não a doença em si. Desta forma, a expressão ou não de alguns genes pode ser determinantes em casos de TEA.
No âmbito da nutrição, a ingestão correta de nutrientes, não excedendo e nem negligenciando, parece ter forte relação com relevantes alterações durante a gestação e lactação que levariam a maior susceptibilidade ao desenvolvimento de TEA.
ALIMENTAÇÃO
A alimentação durante a gestação possui forte influência não só no desenvolvimento do bebê de forma geral, quanto à proteção no desenvolvimento de diversas doenças, entre elas o TEA. A fase de amamentação também é de extrema importância, considerando os diversos estudos que citam a relação do desmame e introdução alimentar precoce com maior incidência desse transtorno.
Quando falamos de casos em que já há um quadro de autismo, a alimentação também pode auxiliar amenizando o quadro global. A ingestão de certos alimentos já foi relacionada a maior reação inflamatória em nosso organismo e no que diz respeito ao TEA, isto pode refletir em mais crises e maior gravidade no caso.
Ainda há muito para ser estudado no âmbito do transtorno espectro autista, porém com as informações que já possuímos, podemos diminuir chances de desenvolvimento do transtorno. O acompanhamento nutricional é imprescindível para uma gestação segura e para os primeiros anos de vida de um bebê. Nessa fase nosso organismo é mais suscetível ao desenvolvimento de inúmeras doenças.
ACOMPANHAMENTO PROFISSIONAL