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Foto do escritorThalita Galhardo

VINHO

Atualizado: 18 de jun. de 2019

Afinal, vinho pode ou não pode? Descubra tudo sobre esse bebida milenar e o impacto dela na sua saúde!

Queridinho há milênios, o vinho tem sido cada vez mais estudado e aperfeiçoado com o passar dos anos. Uma indústria forte e crescente que se expande por todo o mundo, levando sabor e sofisticação aos apreciadores de um bom vinho. Tinto, branco, rosé, verde. Diversas são as denominações e tipos dessa bebida, mas a grande questão é: Vinho faz bem ou faz mal para a saúde?


Benefícios


Ao longo dos anos muito se estudou e se falou sobre o impacto do consumo regular de vinho em nossa saúde. Atualmente, já conseguimos ter informações que auxiliam na hora da escolha do melhor vinho.


Dos benefícios mais estudados dessa bebida destaca-se a ação dos compostos fenólicos presentes em sua composição. Dentre esses compostos o que mais se destaca por seu altíssimo potencial antioxidante é o resveratrol.


Diversos estudos já apontam o resveratrol como uma substância com alto potencial antioxidante e antiinflamatório. Atuando de forma intensa e relevante em processos anti-aging, diminuindo a velocidade do envelhecimento celular e contribuindo para um maior equilíbrio deste processo. Fato pelo qual têm sido muito utilizado e estudado pela indústria da beleza e estética.


Além de atuar nesses aspectos, também já foi relacionado à efeitos benéficos nos três estágios de câncer (iniciação, promoção e progressão). Esse efeito ao que parece é devido ao alto potencial anti-inflamatório que atua em prostaglandinas, impedindo ou retardando o processo que transforma células pré-cancerígenas em células malígnas.


Não obstante, também já há relação do consumo de resveratrol com ação neuroprotetora, devido à sua atividade redutora do stress oxidativo das células neurais. Fato esse que torna o ativo um grande aliado à prevenção de Alzheimer, por exemplo.


Diminuição da pressão arterial e manutenção da saúde cardiovasculares também já foram relacionadas aos benefícios do resveratrol à saúde.


Resveratrol


O resveratrol é uma substância natural presente em diversos vegetais, que integra o grupo das fitolexinas. As fitolexinas são produzidas como estratégia de defesa dos vegetais contra radiação UV ou fungos patogênicos.


Dentre o grupo de vegetais que mais encontramos o resveratrol, destacam-se as uvas. Especialmente as vermelhas (com casca roxa), que aparecem em maiores quantidades em relação às brancas. As concentrações dessa substância também variam quanto ao tipo da uva, contaminações de fungos, solo e clima. Já quando tratamos de vinho, pode ocorrer variações das concentrações também pelas práticas enólogas utilizadas na produção.


Segundos os estudos mais recentes, um dos principais influenciadores naturais do aumento das concentrações de resveratrol nas uvas, são as infecções por Botrytis cinerea. A contaminação por esse fungo gera um aumento da produção do resveratrol presente nas uvas como forma de defesa da planta. Com tais informações, já podemos fazer relações do uso de agrotóxicos e pesticidas nas plantações com a diminuição das concentrações deste composto fenólico no produto final.


Segundo estudiosos da área, o clima mais úmido e o tipo de solo também influenciam na maior contaminação das videiras por esse fungo, favorecendo o aumento das concentrações do resveratrol de forma relevante.

 

Qual escolher?


Mediante à todas as informações que os cientistas já estudaram sobre o assunto, podemos concluir e entender qual o motivo dos vinhos orgânicos, naturais e biodinâmicos ganharem cada vez mais espaço no mercado mundial de vinho.


Aqui vão algumas classificações que facilitarão o entendimento dessas inovações:


Vinho Tradicional é o vinho que pode receber diversas interferências desde o processo de preparo do solo até o envasamento. Podem ser tais interferências, processos tecnológicos, aditivos como conservantes, acidificantes, estabilizantes, agrotóxicos, entre outros. São os mais comercializados atualmente devido à alta produtividade, rentabilidade e durabilidade.


Vinho Natural é o vinho produzido com a mínimo de interferência possível, quanto à tecnologia, adição de insumos ou interferências enólogas. Neste caso, a fermentação ocorre de forma natural, sem adição de leveduras que não sejam as da própria uva. Além disso, não se adicionam estabilizantes, acidificantes, ou mesmo açúcar para que haja mais fermentação. Processo este que torna esses vinhos com menor teor alcoólico na maior parte dos casos.


Quanto à sulfitagem (processo que adiciona um conservante chamado sulfito nos vinhos), pode haver diferenças entre os vinhos naturais. De forma geral, os produtores de vinhos naturais são contra a adição de sulfito, que apesar de prolongar muito a vida de prateleira de um vinho, altera o sabor e características naturais do mesmo, principalmente se adicionado antes do período de envasamento.


O sulfito é o aditivo que causa em grande parte das vezes as sensações de dor de cabeça, enjoo, irritação no estômago entre outros sintomas relacionados ao vinho. Quanto maior a quantidade de sulfito, mais tóxica será essa bebida e mais seu fígado sofrerá para detoxificar seu corpo após a ingestão.


Vinho Orgânico é um vinho produzido sem adição de agrotóxicos, no qual não se utiliza nenhum tipo de pesticida, fungicida, fertilizantes ou qualquer defensivo agrícola durante o processo de cultivo dos vinhedos. Nessas plantações são utilizadas estratégias de controle biológico, na qual se utilizam insetos e animais como predadores naturais das pragas comuns em videiras.


Vinho Biodinâmico é praticamente uma extensão aprofundada do orgânico, em que são utilizadas técnicas milenares e ancestrais para o cultivo das uvas, levando em consideração as fases da lua, não utilização de agrotóxicos, aditivos, mineralização natural do solo, entre outras técnicas. Este processo de produção leva em consideração sempre a harmonia entre natureza, ser humano e universo, segundo os especialistas.


Com tais informações podemos concluir que o consumo de vinhos naturais, orgânicos e biodinâmicos são uma boa alternativa quando levamos em consideração à nossa saúde e o impacto negativo do que ingerimos na nossa rotina alimentar. Se você é um consumidor assíduo dessa bebida, talvez seja um boa estratégia a utilização de tais vinhos para minimizar os prejuízo causados pelos mesmos.


Uma taça?


Vale lembrar que independente dos compostos benéficos do vinho e do consumo ou não de melhores opções (orgânicos, naturais e biodinâmicos), sempre haverá a presença de álcool na composição, o que por si só, além de ser calórico, tornando-o um inimigo das dietas para emagrecimento, também apresenta toxicidade hepática quando frequente e em altas doses.


Se você consome vinho porque é um apreciador, tente reduzir a frequência e quantidade do consumo, além de optar por vinhos menos nocivos à saúde. Se você é do tipo que consome vinho apenas pelos benefícios que ele pode trazer a saúde, é recomendável a utilização de suplementação de resveratrol, extratos orgânicos de casca de uva ou o consumo do suco de uva natural ao invés do vinho, pois apesar de calórico, não possui impacto negativo quanto à toxicidade hepática.


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